In As Vantagens de Ser Invisível - leitura de março

Pelo visto, março foi o mês de ler livros que inspiraram filmes. Estes foram meio que um "boom" nas esperas do ano, até o momento. 

Este é o tipo de livro que você consegue ler do dia pra noite, de tão fofinho que é. A grande verdade é que este também é um livro que engana um pouco pela capa e pelo título. Eu imaginei tanta coisa como história, nada a ver com o que li haha. O livro é interessante porque faz jus ao título. É engraçado como quando não estamos fisicamente expostos, temos uma liberdade muito maior para estar comentando ou falando de coisas tão pessoais. É isso que Charlie sente.

Depois, eu me virei, fui para o meu quarto, fechei a porta e coloquei minha cabeça no travesseiro. Deixei que o silêncio colocasse as coisas no seu devido lugar.

(pág.: 36)

Lembra do Kevin (do livro Precisamos Falar Sobre Kevin)? Ele foi um dos motivos que me fez entortar um pouco o olhar pra esse livro. INJUSTAMENTE, porque o coitado do livro não tem culpa de eu ter associado o Kevin do livro ao ator do filme de uma forma tão forte.. mas enfim. 

Como psicóloga que sou, não pude deixar de perceber alguns aspectos enfocados nos estudos do comportamento humano e do quanto as relações estabelecidas são importantes para uma boa estruturação pessoal mesmo. Charlie é um adolescente sensível, inocente... até certo ponto influenciável, por não saber como tomar certas atitudes, por pensar muito se é certo ou não agir da forma como gostaria.

"E naquele momento eu seria capaz de jurar que éramos infinitos."

(pág.: 49)

Não sei definir o que senti ao ler o livro, foram muitos sentimentos ao mesmo tempo, ia acompanhando o percurso de Charlie como se estivesse ao lado dele... Adoro quando isso acontece rs.

"É estranho, porque as vezes eu leio um livro e acho que sou a pessoa do livro. E também, quando escrevo cartas, fico uns dois dias pensando no que imaginei em minhas cartas. Não sei se isso é bom ou ruim. Mas eu estou tentando participar."

(pág.: 38)