In O Lado Bom da Vida - leitura de março

Fevereiro foi quase um "noves-fora" no ano. Nenhum livro concluído (um iniciado)!
Mas março provavelmente vai fazer #janeiro. rs


Mas deixa eu falar que o livro que me tirou da #abstinência foi o livro-divo de Matthew Quick: O Lado Bom da Vida.


Duas coisas me conquistaram mesmo antes das páginas do livro. Primeiro a capa. Eu sou apaixonada por capas, acho que são, muitas vezes, mais interessantes que o próprio livro. As vezes elas casam, outras não. Mas neste caso, é um casamento perfeito! Segundo, foram as críticas positivas a respeito da história de Pat Peoples e a grande repercussão que o filme teve por ter sido indicado ao Oscar 2013. Ah, e um bônus para o "gostar sem ler": Bradley and Laweence <3 nbsp="">

Não quero ficar no lugar ruim, em que ninguém acredita no lado bom das coisas, no amor ou em finais felizes, e onde todo mundo me diz que Nikki não vai gostar do meu novo corpo, nem vai querer me ver quando acabar o tempo separados. Mas também tenho medo de que as pessoas de minha antiga vida não sejam tão entusiásticas quanto estou tentando ser agora.
(pág.: 08)

O livro me conquistou MESMO nos primeiros capítulos. Gente, como eu amo isso! Uma história leve, linda e motivante (principalmente quando a gente se identifica com algumas coisinhas, alguns detalhes...). O apego com o lado bom da vida que Pat tem e demonstra é algo cativante! Mesmo com os problemas que o levaram a passar alguns anos internado em uma clínica psiquiátrica, o que poderia facilmente o manter excluído do contexto social por um longo tempo após seu retorno "à vida", só fizeram com que Pat ressignificasse seus dias e suas escolhas, optando por ser alguém melhor.


Olhar nos olhos de outra pessoa por um longo tempo revelou-se uma coisa poderosa. E se você não acredita em mim, tente fazer isso você mesmo.
(pág.: 221)

Verdade seja dita, ele precisava esquecer tudo que o levou ao "lugar ruim" e melhorar, com todas as suas forças, para que o "tempo separados" acabasse e ele pudesse reencontrar Nikki. PORÉM (adoro quando ele existe), algumas coisas acontecem e mudam o rumo dessa história que você jamais poderia prever :D (adoro isso #2).

Acredito em finais felizes do fundo do meu coração.
(pág.: 205)

Pat se torna um viciado em exercícios físicos e faz uso disso todas as vezes em que está prestes a entrar em crise. Pratica a gentileza, é um cara sensível, não quer saber muito de ter razão, apaixonado por futebol americano, encantado com crianças, inocente, capaz de fazer qualquer coisa para ser feliz, acredita em finais felizes e detesta o pessimismo que encontra na literatura. Não consegue acreditar que livros com finais trágicos possam ser reconhecidos como "belas histórias de amor". Mas também, pudera... #comassimBial? Houve tanta identificação durante a leitura que eu ria sem parar, chorava feito louca e sentia meu coração palpitar como se eu tivesse acabado de ver aquela pessoa de quem você sente mais saudades... Eu ri tanto durante uma parte do livro que minha mãe já perguntava se eu estava louca, rindo sozinha... :P

"Deus, eu não pedi um milhão de dólares. Não pedi para ser famoso e poderoso. Nem mesmo pedi que Nikki me aceitasse de volta. Só pedi um encontro. Uma única conversa cara a cara. Tudo que fiz desde que saí do lugar ruim foi tentar melhorar — para me tornar exatamente o que Você quer que todos sejam: uma pessoa boa. E aqui estou eu, correndo pelo norte da Filadélfia em um dia de Natal chuvoso... — sozinho. Por que Você nos deu tantas histórias sobre milagres? Por que Você enviou Seu Filho do céu? Por que Você nos deu filmes, se a vida nunca acaba bem? Que merda de Deus é você? Você quer que eu seja infeliz para o resto de minha vida? Você quer..."
(pág.: 218)


O Lado Bom da Vida fez jus ao título de livro mais esperado do ano, tornou-se um dos meus favoritos e, até agora, o melhor livro de 2013! Estou looooouca, louquiiiinhaaaa para ver o filme que, pelas críticas, é tão bom quanto e não nos decepciona!

Matthew foge do esteriótipo da mocinha e do mocinho herói, foge do clichê americano de que os finais felizes são aqueles previstos já no início das primeiras linhas. Foge também daquele romance bobinho que cansa. Com esse livro, Quick fala do amor sob várias formas (amor de irmão, amor de filho, amor de tio, amor de marido, amor de namorado, amor próprio...) e mostra que o lado bom da vida é uma opção nossa, individual! Se a gente acredita, ele acontece. E muitas vezes não vai ser do jeito que a gente planeja, vai ser como tem que ser. Que é ainda melhor!

Comentários

Postagens mais visitadas