Despedidas




Sempre fico muito emotiva com finais, principalmente se for de ano. Não sei... parece um medo de "perder" as coisas boas que aconteceram, permitir a distância daquilo ou daquele que tanto fizeram o coração se encher de orgulho ou amor. 

Ha um ano eu comemorava o maior marco da minha vida (a formatura) e agora a comemoração é relacionada às relações estabelecidas, firmadas e inovadas! Talvez seja por esse motivo o tal medo... Mesmo que 2012 não tenha sido o melhor ano da minha vida, é difícil deixá-lo partir, assim como foi difícil deixar tantas coisas e pessoas irem ao longo desses 365 dias. Em determinados dias eu quis que o mundo realmente acabasse, eram pesados demais e eu, mesmo que com todo o apoio possível, parecia ser frágil demais a ponto de quase quebrar, desmoronar... Em outros (maioria) pedi a Deus que os dias simplesmente parassem, demorassem, bastassem em si mesmos por um único dia (na verdade, dias).

De todas as alegrias e tristezas, fica a certeza de que o meu lugar é onde estão aqueles que me querem e fazem bem. E mesmo com toda essa nostalgia, não é difícil perceber que o que é verdadeiro permanece, que a mudança de ano é somente isso, uma mudança de calendário, mas os dias permanecem os mesmo, com as mesmas peculiaridades. É tudo relacionado a forma de encarar (os dias, as vivências, as mudanças...). Mas eu, nostálgica-chorona-sensível como sou, não consigo deixar de sentir esse apertozinho no coração.

Talita Saldanha

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