In Precisamos Falar Sobre Kevin - leitura de maio


O livro Precisamos Falar Sobre Kevin, como talvez alguns já ouviram falar, pois o filme foi indicado ao Oscar deste ano - e o resumo vai dizer também, - trata da história de Kevin, um típico menino que tem tudo do bom e do melhor, mas acaba matando vários colegas e uma professora da escola em que estuda (com uma arma nada comum!). O livro inteiro é um monólogo, uma tentativa de diálogo entre Eva (mãe de Kevin) e o pai, tudo através de cartas.




Olha, que livro pesado! Em MUITOS momentos precisei parar, respirar, dar um tempo pra conseguir prosseguir com a leitura. Por que não dava pra aguentar sozinha, sabe? Tem determinadas cartas que me deixavam pesada, linguagem, vivências... enfim.

"Eu sabia que rebento nenhum poderia substituir você.
Mas, se algum dia tivesse que sentir sua falta, falta para sempre, eu queria
ter alguém comigo para sentir falta junto, alguém que o conheceria também, ainda

que apenas como um hiato na vida, como você seria um hiato na minha"
(pág.: 64)

Engraçado como o livro nos atenta para um pensamento que não é novo: o de que não conhecemos ninguém. Aliás, as mães conhecem os filhos, muito bem, mas não imaginam até onde eles - os filhos - são capazes de chegar, sempre esperando o melhor deles. Em meio as cartas, a vida inteira de Eva é contada, desde o momento em que conheceu o marido, passando pela gravidez quase que indesejada e da qual tinha raiva, até os momentos em que descobriu em que Kevin iria se tornar.

A história é intrigante e, em muitos pontos, revoltantes, pois, ao contrário como sempre é visto que a "culpa" do filho ser-como-é é da mãe, eu diria que, no caso de Kevin, o pai tem toda a culpa por não cuidar melhor do filho. Autoridades não eram respeitadas, não quanto à mãe. Digamos que o pai de Kevin o estragou. E no final pagou o pato! Vocês vão se surpreender com Kevin, com as relações dele, com a vida desta família. O final é impressionante, eu não esperava que terminasse assim, mas entendi o porquê. 


"Ele tem mais cinco anos sombrios para cumprir numa penitenciária de adultos,
e não posso botar minha mão no fogo pelo que sairá de lá no final. Mas, 
enquanto isso, tenho um segundo quarto em meu apartamento funcional.
A colcha é lisa. Há um exemplar de Robin Hood na estante. E os lençóis estão limpos."
(pág.: 443)


Outra coisa que me fez não gostar da leitura foram os erros de tradução. Quantos erros, palavras escritas de forma incorreta, separações mais erradas ainda... êiê. Não sou expert em português, mas não admito erros em livros! Acho o cúmulo! Poderiam ter revisado direitinho. Pior que estes são erros que encontro facilmente nos livros da Editora Intrínseca (já enviei um e-mail alertando, mas ainda não obtive resposta!).

Eu não sei se indico ele para alguém. É uma leitura tão agoniante, que quase não consigo concluir. Mas é um "bom" livro. Imagino que o filme deve ser um pouco menos intrigante, então estarei tentando encaixar os horários para poder assistir e depois dar minha opinião. 

é isso, já já apresento outro livro ;D

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