In Um Dia - leitura de abril

Olá, pessoas. Como estão? Um mês se passou e desde então dois livros foram lidos e um livro está em andamento para o fim, rs. A preguiça veio, a quantidade de livros diminuiu, mas os escolhidos para este mês foram um pouco mais extensos e, de uma forma geral, tocantes, o que demanda uma certa disponibilidade emocional que não é todo dia que temos.

Resolvi começar este post com a mesma sequência de falas que se inicia o filme (que leva o mesmo nome do livro e é bastante semelhante ao livro, quase que fiel: assistam!):

"Você pode passar a vida inteira sem perceber

que aquilo que procura está bem na sua frente"

(escrito na contracapa)

Sim, nós fomos apresentadas Emma. Conheci Dex, antes de ler sobre a história de vocês também. Fui apresentada ha alguns meses ao filme, porém enrolava pra poder assistir, pois gostaria, antes, ler o livro de David Nicholls. Conhecem também? Não? Deveriam conhecer. Apresento-os Dex e Em, Em e Dex: UM DIA.

(resumo Skoob)

Gente, que história cativante!!! Confesso que tanto no filme quanto no livro me entediei algumas vezes e até demorei bastante para concluir a leitura. Exatos 17 dias. O "caso" de amor entre Emma e Ian (que vocês conhecerão) é simplesmente tedioso. Mas daí a história consegue dar uma guinada e conquistar o leitor novamente, até destroçar o coração com o desenrolar do romance que muito fala sobre amizade e, perto do fim, arrancar-nos um sorriso e um "oown" espalhado. Gente, sério. Um romance super recomendado e marcado.

Ao assistir ao filme, não havia me remetido à minha própria vida, como sempre faço. Porém, ao quase concluir a leitura tomei nota de que já vivi uma história semelhante, em que os sentimentos se misturam e a amizade acaba prevalecendo mesmo a tantos percalços e anos corridos. Entre idas e vindas, um casal completamente diferente, amigos, mas de certa forma também um casal. Complicado de se entender. Enfim...

"Emma Suspirou.

- Nós nos conhecemos há muito tempo, Dex.

- Eu sei. Só achei que podia ser uma boa ideia. Dex e Em, Em e Dex, nós dois. Tentar um pouquinho, ver como funcionava. Pensei que era isso que você queria também.

- E é. Era. Nos anos 1980.

- E por que não agora?

- Porque não. Porque é tarde demais. tarde demais para nós dois. Eu já estou cansada.

- Mas você só tem trinta e cinco anos!

- Eu sinto que o nosso momento passou, só isso - respondeu.

- Como pode saber sem dar uma chance?

- Dexter, eu conheci outra pessoa.

(...)

- Se você aprontar comigo, Dexter...

- Eu não vou aprontar. (...)

Emma franziu o senho, meneou a cabeça e abraçou-o mais uma vez, apoiando a cabeça no ombro dele, soltando um grunhido quase raivoso.

- O que foi? - Ele perguntou.

- Nada. Ah, nada. É que... - Olhou para ele. - Eu achei que finalmente tinha me livrado de você.

- Acho que você não vai conseguir fazer isso - respondeu Dexter."

(pág. 328 e 332)

O livro tem uma história, capa, atores, diálogos, fotografia lindas. Em alguns momentos você sente raiva de Dex, em outros de Emma, em outros da situação e, em outros momentos, da vida que fez o que fez com este casal de amigos tivesse o fim que teve (vai ter que ler rs).

Este é o tipo de livro que exige de você um coração fortinho, porque a história permanece na memória por alguns dias após o término da leitura. Eu, que sou sentimental demais, que me envolvo com os livros que leio, como bem sabem vocês que dão uma lidinha aqui no blog, pensei nesta história durante as 24hras dos dois ou três dias depois de ver o desfecho. O filme que, como já comentei, é quase fiel ao livro, não me fez ficar tão impactada quanto o livro. 

Entrou para o roll dos favoritos ever, pode acreditar que, no mínimo, você vai gostar de ter uma vida diferente da que você lerá e vai agradecer por poder aproveitar melhor sua vida e entender que, de fato, algumas coisas, por mais que a gente queira muito, não nasceram para ser.