Como a vida muda!


Depois de uma infância sem muitos amigos e sem muita gente por perto, exceto família e depois de uma adolescência sem muita liberdade, após os meus 18 anos acabei assumindo uma nova postura diante da vida. Fui a minha primeira festa com 18 anos e por dois motivos: 1. eu namorava e 2. meus pais iam pra festas também. Não fosse isso eu não sairia de casa, sabe como é, mãe protetora demais! Quando meu primeiro namoro chegou ao fim eu passei a enxergar que uma nova fase da vida estava me sendo dada de presente e de uma forma um pouco conturbada. Aceitei. Veio, então, uma sequência de festas, de saídas entre amigos e romances sem muito compromisso. Sempre fui comportada, diga-se de passagem. Mesmo em meio a tanta "baderninha" rs. E eu gostava desses momentos, de verdade. Gostava de tudo que eu tinha, mas depois de um tempo passou a ser insuficiente. Vive muito e bem todas as minhas fases, da forma como a vida se postava à minha frente. Mas, como eu disse, as coisas passaram a ser insuficientes e incompletas demais, faltava alguma coisa, um pouco de simplicidade e verdade, que era algo que raramente se encontrava por aqui. Sabe como é, muita gente com objetivos um pouco fúteis demais. Acredito que um pouco de futilidade é bom e saudável para que se possa perceber o que, de fato, é importante e merece nosso tempo e disposição. 

Enfim, fui feliz e aproveitei a diversão que havia se instalado em minha volta. Mas ai vem a Vida, novamente, proporcionar a mim um novo momento, uma nova vida, uma nova fase de expectativas que, em sua maioria, foram bem satisfeitas. 

A gente passa a vida inteira querendo coisas e, às vezes, não gostamos quando aquilo não ocorre da forma que queremos ou gostaríamos. Mas ai a gente tem a oportunidade de, mais a frente, perceber que o rumo de nossos caminhos não são decididos por nós e que quando caminhamos podemos ver paisagens melhores, ter companhias melhores do que se caminhássemos por nossa própria conta.

Talita Saldanha

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