Não era nada demais...


Relutei em te deixar entrar na minha vida, a todo momento parecia errado perceber você. Fui desviando dos caminhos que, mesmo tortos, eram certeiros em sua mesma direção, fui me escondendo atrás de objetos menores do que eu com a ilusão de me fazer menos visível. Mas de quê adianta adiar tanto se eu sei que meu ombro vai esbarrar no seu quando eu estiver distraída? Custa acreditar que aquele clichê de que 'o que há de acontecer, acontece' é tão real. Ai a gente costuma confundir, justificar, desencontrar realidades pra ver se modifica os roteiros. Só que no fim, a gente se esbarra, se encontra, se vê. Olha de perto, sente o cheiro, o toque dos dedos das mãos desconhecidas e percebe que não precisava ter sentido medo do encontro, que não era errado se permitir e que, na verdade, as coisas eram totalmente diferentes do que pensava. Nada de beijos, de abraços de corpo todo encaixado, de olhar penetrante ou de algo que oferecesse perigo, desconforto. Nada demais, só a emoção daquilo que era novo e parecia ser algo que não é... 

Comentários

Postagens mais visitadas