In Morangos Mofados - leitura de fevereiro

Olá :D
Bom, como tenho voltado à rotina de leituras, coisa que eu tinha há alguns anos atrás, mas por falta de tempo e costume acabei deixando de lado. Tenho vários livros paralisados aqui na minha estante, sem nem uma piscadela minha em suas direções, então resolvi estabelecer algumas metas de leitura: pelo menos 1 livro por mês! Estou muito empolgada, às vezes dá uma preguicinha, mas é muito bom poder viver nesses mundos para onde as histórias contadas nessas folhas nos levam. Minha intenção não é de fazer resenhas críticas, resumos ou algo do tipo, até porque isso já tem de 'monte' em blogs por ai, mas apenas deixar registrada minhas impressões e sentimentos à medida que as leituras avançam

Este não foi o primeiro livro lido do ano, mas será o primeiro "apresentado".

Muitos sabem de minha paixão por Caio Fernando de Abreu e, embora me faltem MUITOS livros dele para completar a coleção, ESTE era o mais desejados. Primeiro pelo título que, pra mim, é de uma profundidade sem tamanho, desse tipo que não dá pra descrever. Segundo porque amo muitos dos contos deste livro, então essa "reunião", pra mim, é divina. Comprei-o na Estante Virtual e chegou com uma semana. Furei imediatamente a fila para lê-lo e me encantei ainda mais!!!

Acervo Pessoal
‎"Dentro de mim, não consigo deixar de pensar que há alguma espécie de sentido. E um depois. Quando penso nisso, é então como se alguém dançasse sobre esses intermináveis telhados dentro de mim. Sobre os telhados cinzentos alguém vestido inteiro de amarelo. Não sei por que exatamente amarelo, mas brilha. O vento faria esvoaçar seus panos e cabelos. Num grande salto aberto, esse alguém que dança alcançaria a janela abrindo-a com um leve toque das pontas dos dedos. Quase sempre tenho certeza que deve ser você."
in Luz e Sombra"

Aqui Caio F. fala muito de si mesmo. Quem conhece sua história pode encontrá-lo facilmente em muitos de seus personagens, mas encontrá-lo MESMO! Meus contos preferidos de Morangos, que é dividido em três partes, cuja a última parte dá nome ao livro, foram "Além do Ponto", "Pêra, Uva e Maçã", "Luz e Sombra", "Fotografias", "O Dia em que Júpiter Encontrou Saturno" e "Morangos Mofados". Com um destaque especial para a carta anexada ao final do livro, escrita para seu amigo José Marcio Penido (Zezim), em 1979, que conta como foi criado o livro. A carta, por sinal, é uma das minhas preferidas...

"Zézim, vou te falar um lugar-comum desprezível, agora, lá vai:
você não vai encontrar caminho nenhum fora de você.
E você sabe disso. O caminho é in, não off.
Você não vai encontrá-lo em Deus nem na maconha,
nem mudando para Nova York, nem."

Eu fico extremamente feliz com essas leituras de Caio F., ao mesmo tempo em que me entristece terminá-las. Este livro foi uma grande surpresa, pois sempre que crio muitas expectativas em torno de uma história/livro acabo me frustrando, mas este superou todas àquelas que eu adquiri antes e durante Morangos. Super indico, recomendo e guardo com todo carinho. Este é daqueles selecionados que não empresto de jeito nenhum! Rs.

WeHeartIt

Até próximo mês, com mais uma leitura escrita aqui pra memória não esquecer, né? rs

Comentários

  1. "O Dia em que Júpiter Encontrou Saturno" me emociona tanto, mas tanto, que eu evito ler. Meu coração não aguenta essas coisas, não. :~

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  2. Morangos foi o primeiro livro que Caio, foi o livro que fez com que eu me apaixonasse pela escrita dele *-*

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