"(...) Existe uma piada italiana maravilhosa sobre um homem pobre que vai à igreja todos os dias e reza diante da estátua de um grande santo, dizendo: "Querido santo, por favor, por favor, por favor... conceda-me a graça de ganhar na loteria." Esse lamento dura meses. Por fim, irritada, a estátua ganha vida, baixa os olhos para o suplicante e diz, com uma repulsa cansada: "Meu filho, por favor, por favor, por favor... compre um bilhete."

A prece é um relacionamento: metade do trabalho é meu. Se eu quiser transformação, mas se quer for capaz de articular qual exatamente é o meu objetivo, como ela pode ocorrer? Metade do que se ganha com a prece está no próprio ato de pedir, de oferecer uma intenção claramente articulada e refletida. Se você não tiver isso, todas as suas súplicas e desejos não tem sustento, são desconjuntadas, inertes.

pág. 255 - Comer, Rezar, Amar.

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