(...) Você não era qualquer um, nunca foi. Sinto seu cheiro quando passo por aquele lugar e às vezes me arrependo por não ter deixado você pegar em minhas mãos. Talvez a intimidade precise vir antes do amor, ou depois, eu não sei. Acho que nunca saberei. Serei uma eterna aprendiz quando se trata de romances que despertam as borboletas, mas não trazem intimidade (as borboletas viriam com a intimidade? Então já éramos íntimos antes mesmo de nos conhecer?). Não me sinto mal por termos tido nosso romance de algumas horas. Amar envolve tanta coisa, e no fundo estávamos tão envolvidos em nos envolver que acho que acabamos nos amando mesmo. Por obrigação, por paixão, por amar simplesmente. Amar envolve tanta coisa, pena não ter envolvido meus dedos nos seus. (...)
Noemyr Gonçalves

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