Aspas:



Adoro filmes 'mamão com açúcar', aqueles romantiquinhos, baseados em livros de autores best-seller. Confesso ainda que adoro poesia, música romântica, dias nublados, dias de chuva e friacas! Adoro, porque tudo isso lembra romance, amor, envolvimento, pele, toque, beijos e dias que nos rendem suspiros. Estou falando sobre isso, porque vez ou outra me pego pensando: será que eu acredito nisso tudo? Será que eu realmente acredito em um amor para toda vida? Não é porque eu acho algo bonitinho, legal, envolvente que eu acredito naquilo, não é mesmo?

Hoje estava assistindo, pela segunda vez, Querido John (Dear John) e para quem não conhece, o filme é baseado no best-seller de mesmo nome, porém, muito mais fofo. Em resumo, e talvez de forma meio tosca, digo que a história do filme é a seguinte: eles se conhecem, vivem momentos lindos por duas semanas e tem que se separar porque a mocinha precisa voltar para a faculdade e ele precisa voltar para o exército, nesse meio tempo eles mantêm contato através de cartas contando sobre suas vidas e fazendo juras de amor... depois de um ano eles se veem, porém, o encontro se torna doloroso, porque ele pensa em prorrogar o tempo no exército, devido a tragédia relacionada as torres gêmeas. Enfim, lindo, romântico e você precisará ver o filme para saber o final.

A questão é que quando assisto a esse tipo de filme ou leio livros que falam sobre amores que resistem ao tempo, a tudo, fico meio: será que isso pode mesmo acontecer? Em pleno século XXI? O tempo mudou o amor, tenho cada vez mais certeza. Ou antes o amor era constituído de medo? Mesmo achando lindo, eu duvido um bocado do tal amor para toda vida. Claro que acredito em amor verdadeiro, mas até onde o verdadeiro é inalterado? Como é que a gente sabe que é a pessoa certa? Faz um 'plim' na mente e aí a gente fica ciente que pode arriscar tudo? Sinceramente, duas semanas não seriam tempo suficiente para pelo menos fingir que conhece a pessoa. Ok, história de filme, mas tem gente que acredita, tem gente que acha que é possível. Sei lá, são só questionamentos e eu não tenho a resposta. Com certeza contarei se um dia a tiver. Ás vezes, só as vezes, eu acho que o amor é uma ilusão. Mas isso não é um pensamento que me deixa triste... é só um pensamento que faz jus ao nome e me deixa imaginando se pode alguém por tantos anos olhar a lua e lembrar de seu suposto amor. Anyway, continuo gostando de histórias assim.


Noemyr Gonçalves
(mais textos aqui)

Comentários

Postagens mais visitadas