Aspas: Minha Palavra


Eu sou assim: superexigente por natureza! Eu exigo de mim, da vida, dos meus amigos, de todos! O que fazer contra isso? Acho que devemos nos aceitar, por mais melancólica, sensitiva e louca que se possa ser. Eu vejo a vida como um vinho a ser degustado. Aprecio pouco a pouco e tenho alguém disponível para encher a taça logo que acaba, mas eu não me contento. Eu preciso que a taça esteja cheia todo o tempo, eu preciso de alguém ali para encher esta taça. E quando eu tenho a taça e a pessoa, ainda assim eu não me contento. Como explicar essa loucura?

(...) todo o mundo ter uma palavra. A minha, acho, é PRECISO. Porque é exatamente este precisar que me leva além, é o precisar que faz com o que eu não fique o tempo todo parada, esperando as coisas acontecerem (ok, às vezes eu desejo muito que as coisas aconteçam sem mais nem menos, que eu não precise me esforçar, que eu possa ver o pôr do sol sem precisar curvar a cadeira.)

Eu preciso, eu não me contento, eu sou inquieta, eu sou ansiosa... eu sou indecifrável. Há um mundo dentro e fora de mim que eu preciso simplesmente desvendar, que eu não me conformo em olhar e aceitar. É, eu preciso. Preciso de amigos ao meu lado o tempo todo, mas às vezes preciso de solidão. Preciso do choro e do riso. Da faca e da rosa. Do amor, do perdão, da simplicidade. Hoje, estou meio Jaya: "Preciso de alguém que me segure com a boca." Meio Chico: "Eu preciso de alguém para refletir comigo se estou caduco, louco, ou se o mundo está ficando esquisito." e meio Caio: "Preciso de alguém, e é tão urgente o que digo."

Eu simplesmente sou e preciso (e por hoje, isso me traduz!)

[Noemyr Gonçalves]

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