Sem imaginar o que poderia causar em mim

Lembrei agora que, em algum momento, quando eu pedi baixinho:
- Me abraça!
E tu, meio tonto de álcool, de sono, talvez, sem entender, perguntou:
- Hm?
E, repeti, infantil:
- Me-abraça!
E tu, sorrindo, murmurou um:
- Hmmm..
Me abraçando forte, então dei um beijo no cantinho do teu olho e depois outro na barba,

perto do queixo, e tu disse assim, sem preparar:
- Tive um deja vu, agora.
Não que eu jamais tenha tido, tenho vários, aliás. Mas nunca tive algum contigo.

E ali, dentro do contexto, tão inesperado.. Tu me diz isso assim, como se fosse nada,
sem imaginar o que poderia causar em mim...
(Renata Mulinelli).



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É como se fosse banal. Por vezes, não parece ter sentido. Mas todos os seus movimentos me atingem. O que diz respeito a você não me passa despercebido. Não se engane, suas palavras, seus pensamentos falados ou aqueles meio escondidos que são traduzidos em gestos, seus gestos, as manias, os sorrisos, comentários e silêncios causam em mim. Mesmo que eu afirme isso várias vezes parece ser pra você algo como 'besteiras-fáceis-de-se-dizer'. Mas não são. Você tem um movimento só seu que me atinge a todo momento. Entenda isso de uma vez por todas. Culpa? Quem está falando em culpa? Não atribuo culpa ou responsabilidade disso em ninguém, embora saiba da minha participação ativa em tudo isso que estou dizendo. Prefiro achar e chamar 'isso' de outra coisa que não sei o nome. Mas nomes são um pouco superficiais né? Sentimentos são mais fiéis. E o que eu sinto é mais fiel do que posso sentir e dizer que sinto. Deixa sem nome então. Deixa assim. Mas entenda que você nunca passa despercebido por mim. 


TalitaS.

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