Corre pra vida, guria

 (texto by. T.Saldanha)

Vai guria, mete os pés pelas mãos sem medo de errar e perder. Joga pra cima tudo o que sente e, na queda, agarra só o que pode te fazer bem. Não desista das caminhadas mais longas. Atalhos só quando for pra divertimentos. Agarre-se a tudo que produz em ti o sorriso mais mágico que o brilho dos olhos quando se está encantada por algo ou alguém. 

Atreva-se a fazer piada de si mesma e rir, sem julgamentos e com toda a força que há em ti. Mas não limite-se apenas ao riso. Sempre te disseram que rir é o melhor rémedio, mas não te disseram que não é o único, que existem outras maneiras de ser feliz, que o silêncio e um olhar às vezes curam da mesma forma. 

Pule, brinque, cante, chore... Mas tudo com uma boa dose de companheirismo, pois ninguém vive sozinho e é nas relações que você vai se descobrir ainda mais. Aceite que algumas regras devem ser seguidas, mas não viva em função delas.

Estabeleça metas, faça planos, permita-se sonhar e tirar um pouco os pés do chão. Mas não fixe-os, não desacredite que outros caminhos podem surgir e te fazer querer mudar de reta ou curva. E, mesmo quando não for a mudança dos planos o que você quer, aprenda a ver que aquilo que às vezes nos é dado pode ser aquilo que buscamos das maneiras mais tortas possíveis. Já foi comprovado que aquilo que tu aprendeu na escola, que a menor distância entre dois pontos é uma reta, é equivocada. Uma curva, não tão profunda, é mais rápida e te faz chegar onde gostaria.

Mas os caminhos guria, esses tu quem tem que decidir. Se vai ou se fica. Se corre ou se anda. Se vai sozinha ou se carrega contigo uma turma.

Mas guria, aprende. Aprende que as lembranças daquilo que você fez, viveu e quis viver, -porque sim, temos lembranças até daquilo que não tivemos -, não são aquilo que te fará feliz, mas com certeza tem o poder de prolongar tua felicidade.

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