Sobre a primeira vez...



(...) No entanto, "colocar-se a disposição do outro" não significa ter que se envolver com ele. As nossa reflexões sobre distância e dependência deixaram isto claro. Toda disposição autêntica em aceitar o outro é criadora de uma reação humana autêntica, base (...) de todo processo terapêutico verdadeiro. Se há em toda relação troca de afetos e envolvimento afetivo, isto se efetua sempre muito mais do paciente para o terapeuta, sendo que este, para poder dirigir o travalho dos dois, tem que controlar a sua própria afetividade, mesmo que esta esteja tocada profundamente. Não se trata pois de "mergulhar fundo" a dois para que haja um "pleno encontro humano", mas de garantir a assimetria com vistas à iniciação de um processo psicoterápico que confronte o paciente consigo mesmo; ao invés de querer implementar gratificações para ambos, a postura do entrevistador terapeuta é responsável pela implementação de condições de possibilidade para um futuro trabalho terapêutico. 

Richard Bucher
A Psicoterapia pela Fala, p.144

Comentários

  1. Olá,

    Esse texto do seu blog ("Tenho uma parte que acredita em finais felizes. Em beijo antes dos créditos, enquanto outra acha que só se ama errado (...) Esqueço a receita do equilíbrio" não é do Caio Fernando Abreu. É de um escritor chamado Eduardo Baszczyn. (http://coisasdagaveta.blogspot.com)

    Abraço,

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  2. pronto, corrigido. achei meio estranho pq não é muito o estilo do Caio, embora pareça um pouco com ele. Mas depois não fui atras de confirmar. Ainda bem que vc percebeu >.< obg. Beeijo e obg pela visita tbm.

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