“(...) Mas a identificação designa também um processo tão essencial quanto a do amor, isto é, o processo de formação do eu. Explico-me fazendo uma ultima pergunta: quem somos nós, do ponto de vista do nosso psiquismo? O que é o eu? Isto é, de que substancia é feito o nosso eu? Pois bem, a resposta da psicanálise é muito clara: somos feitos de todas as marcas que deixam em nos os seres e as coisas que amamos fortemente no passado e às vezes perdemos. Isto é, os seres e as coisas com as quais nos identificamos. Então, quem sou eu? Sou a memória viva daqueles que amo hoje e daqueles que amei outrora e depois perdi. A identificação é aquilo que me faz amar e ser o que sou.”

J. –D. Nasio
do livro O Prazer de Ler Freud

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