Na calçada

[Me deixa dormir.
Deitar no teu colo e adormecer
contando o quanto foi bom ter você.]


Um pouco de conversa e a mão escorregou para o joelho e ali permaneceu por um período relativamente longo de tempo. Sentados na calçada, sozinhos em plena rua iluminada apenas  pela  lua cheia e fragmentos da luz do poste distante. Busquei na memória alguma lembrança das imaginações produzidas pela vontade de ver de novo aquele que fez meus olhos saltarem de alegria a pouco mais de um ano, mas não me veio nada que me fizesse dizer "sabia que seria assim". Eu nada sabia. E até agora ainda não sei, mas não é preciso entender nada. Minha vida sempre foi assim com relação a entender relacionamentos e sentimentos. Enquanto eu me pego reclamando de algumas coisas, de algumas situações, de falta, de ausências, da minha "sorte-desastrada" com relacionamentos... sinto que os risos e as histórias que consigo tirar dessas inusitadas fazem aquilo valer ainda mais a pena. A gente vive o que vive por algum motivo. Geralmente essa combinação não dá muito certo comigo [encontros + sentimentos] e, quando dá, ninguém consegue dizer o por que. Motivos, causas.. meio desnecessário enquanto o beijo acontecia. E eu nem queria ser assim tão entendida. Essa receita é tão deliciosa que não cabe definir os ingredientes. Misturo, saboreio o resultado e torço para que o gosto seja muito bom e que tenha mais porções disponíveis...

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