Deste Modo..

"Quando encontrares alguém e esse alguém fizer o teucoração parar de funcionar por alguns segundos, prestaatenção: pode ser a pessoa mais importante da tua vida"

É incrível, chegando a ser quase impossivel, descrever a capacidade que uma mulher tem de pensar um monte de coisas em um segundo só por que as coisas não sairam como ela queria!
Gente, sério, as vezes me assuto! :@
Ontem, como contei no post anterior, foi o dia M kkkk .. A noite teria sido perfeita, não fosse o fato de ela ter tido que acabar as 00:10 por motivos maiores!
O melhor beijo, o melhor abraço.. até as implicancias foram e são as melhores!



Mas.. enfim! Tô aqui hoje pra deixar um texto que talvez seja um dos mais bonitos que já li! Ele foi escrito por Fernando Pessoa [adooro³] e conheci o texto através do meu professor Luís, de Psicologia Experimental (ele é uma graça.. adora ler poemas pra gente!)


Deste modo ou daquele modo
Deste modo ou daquele modo,Conforme calha ou não calha
Podendo às vezes dizer o que penso,E outras vezes dizendo-o mal e com misturas,
Vou escrevendo os meus versos sem querer,
Como se escrever não fosse uma coisa feita de gestos,
Como se escrever fosse uma coisa que me acontecesse
Como dar-me o sol de fora.
Procuro dizer o que sinto Sem pensar em que o sinto.
Procuro encostar as palavras à ideia
E não precisar dum corredor Do pensamento para as palavras.
Nem sempre consigo sentir o que sei que devo sentir.
O meu pensamento só muito devagar atravessa o rio a nado
Porque lhe pesa o fato que os homens o fizeram usar.
Procuro despir-me do que aprendi,
Procuro esquecer-me do modo de lembrar que me ensinaram,
E raspar a tinta com que me pintaram os sentidos,
Desencaixotar as minhas emoções verdadeiras,
Desembrulhar-me e ser eu, não Alberto Caeiro,
Mas um animal humano que a Natureza produziu.
E assim escrevo, querendo sentir a Natureza,
nem sequer como um homem,
Mas como quem sente a Natureza, e mais nada.
E assim escrevo, ora bem, ora mal,
Ora acertando com o que quero dizer, ora errando,
Caindo aqui, levantando -me acolá ,
Mas indo sempre no meu caminho como um cego teimoso.
Ainda assim, sou alguém.
Sou o Descobridor da Natureza. Sou o Argonauta das sensações verdadeiras.
Trago ao Universo um novo Universo Porque trago ao Universo ele-próprio.
Isto sinto e isto escrevo Perfeitamente sabedor e sem que não veja
Que são cinco horas do amanhecer E que o Sol, que ainda não mostrou a cabeça
Por cima do muro do horizonte, Ainda assim já se lhe vêem as pontas dos dedos
Agarrando o cimo do muro
Do horizonte cheio de montes baixos.


Muito perfeito! Acho que não teria maneira melhor de encerrar meu post de hoje!

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